Diariamente,
Se me permito eu choro
E se permito se achega a solidão
E a melancolia também
Meu olhar se entristece
Minhas palavras não soam bem
Meus dedos ao violão
Nem um mísero dedilhado obtêm
Se me permito eu sofro
E se permito me domina a dor
Levando-me a uma busca insensata
Por quê?
Pra que?
Costumeiras perguntas desatinadas
Que escurece o meu coração
E não me levam a nada
Mantenho-me então na dura relutância
Pois a vida pode ser um árduo acostumar
Pra manter da escuridão a distância
Levar o coração pra tomar sol
Pode ser um bom começo
Mesmo que a força
E diariamente.
(Carla Cardoso)
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