terça-feira, 10 de maio de 2011

Voltando pra casa





A auréola já não a circulava como antes. Agora fazia um todo,

num embaçado de neblina e nuvem negra.

Faixas em movimento percorriam a viagem.

Olhos de gatos abertos com o reflexo do farol.

À beira, verde em extensão. E ela a refletir pela janela.

Quanto desajeito, desarrumo, desajuste.

Já não se exprime nem mesmo em uns poucos versos,

o gosto do que está interno.

A válvula de escape não se encontra.

O medo e a dor se apoderaram.

E o desejo de mudança permeia o consciente

e o inconsciente nos pesadelos, nas noites de insônia.

A mudança é alcançável,mas a atitude está inerte.



quarta-feira, 4 de maio de 2011

(des)feito nó(s)


atei um nó

na garganta

no peito

na pele


amordaçante

comprimindo

desfalece o corpo

e a alma...


Carla Cardoso