domingo, 3 de julho de 2011

de quando o amor procede...


foi quando disseram que nem mesmo

o amor é pra sempre, então pré

ocupou-se em demasia de cuidá-lo

posto que hora uma ou outra morreria

aquele amor que pensado eterno vivia


cultivado à mãos ternas e alma calma

cresceu primeiro, tal qual dizia Rosa,

brotou depois,

mas brotou em um, não em dois

não sustentado o amor não vingou


viu-se enfraquecido, adoentado

e mesmo numa relutância persistente

lutando com todas as forças e dentes

não resistiu, mataram-no.

e das coisas do amor não mais se viu.


restou o medo, um medo tamanho

que, como diz a canção: “medo que

da medo do medo que da”

trancaram as entradas do coração, nem

mesmo pela greta da alma permitia sentir


mas esqueceu-se do buraco, o buraco

do lado de baixo, quase no meio.

o sentir não é só abstrato, é coisa de pele,

de corpo, contato. E se servido em bom

prato, dado lhe um trato, é fato: maravilha

de trepar com amor, como bem expressou

Gabriel Garcia na sua invenção de

aos 90 anos se meter com putaria.



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